quarta-feira, 6 de março de 2013

Divagações

Escolhas fazem parte da vida.
Algumas. Nem todas.
Escolhi meu futuro, planejei cada detalhe.
E vejam agora, cá estou eu.
Mais embaraçada que cabelo de mulher ao vento.
Talvez tenha perdido o senso de direção.
Pego a curva da esquerda quando deveria ter seguido reto.
Será que eu escolhi a curva ou a curva me escolheu?
Em termos práticos, tudo está de acordo com o planejado.
Mas, eu realmente decidi por isso?
Foi uma escolha só minha?
Uma escolha legítima?
Posso me arrepender de algo que eu mesma escolhi e planejei tanto?
Tenho mesmo esse direito?
Devo sufocar algo que mal começou?


Acredito que sim. Acredito que não.
Quando ficamos confusos...
Quando internalizamos demais os acontecimentos...
Todo o resto se torna um monstro muito maior do que realmente é.
Um monstro que só de pensar assusta.
Escolhi então, por não pensar mais nisso...


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Je vous aime...




Não sei se consigo mais fazer isso... Estou abandonando uma das poucas coisas que me fazia sentir livre...
Caio disse que escrever é vomitar... Só que há muito tempo não sinto vontade de vomitar nenhuma rima-bem-feita.
Teu colo é o suficiente... Passamos por muitas provações para chegar aqui e dar de cara com a felicidade que tanto procurávamos...
Que louco imaginar que logo ali, a alguns quilômetros vivia a tampa da minha panela, a minha outra asa, a metade da laranja... Como queiram chamar.
Mais louco ainda saber que eu te encontrei tão nova, tão cedo. Que temos uma vida juntos pela frente, tanta coisa para compartilhar...
Isto era para ser uma carta de amor, daquelas lindas, de te fazer soltar um "awn" bem demorado...
Desculpa, dessa vez falhei, realmente tentei e só embromei.
É que é felicidade demais para explicar com palavras. Antes elas me sobravam, agora não só faltam, como pulam pela boca e não voltam mais.
Você me mostrou o que é felicidade, o que é ter um relacionamento de verdade, o que é precisar, necessitar, carecer, por alguém.
O que é amar com todas as forças... Me ensinou a ter mais paciência, a não morrer de ciúmes, nem de desespero. A chorar menos, sorrir mais.
São dois anos já, meu Deus, mal consigo acreditar.
Só consigo ter vontade de pular nos teus braços e ficar para sempre. Nunca me senti tão acolhida e tão em casa.
Adoro várias coisas em ti e, poderia citar uma lista longa de todas que fizeram e fazem eu me apaixonar por ti.
Mas o start mesmo foi tua amizade. Primeiro, não consegui mais ficar sem conversar contigo, te contar do meu dia. Rir de besteiras. Depois não consegui mais imaginar uma vida sem você.
O mais lindo de tudo isso, é que foi acontecendo. Sem planos, nem nada.
Aconteceu porque tinha que ser, simples assim!
Muitos dizem que perceberam quem era o amor da sua vida por um abraço, um sorriso, um beijo...
Eu digo que foi te ver guardando algo no bolso, naquela loja tão visitada por nós, no shopping. Você estava tão lindo e principalmente tão meu, tão meu para sempre.
E desde então, a única coisa que tento te fazer entender é que eu te amo, ti amo, love you, te quiero, je vous aime, ich liebe dich, volim te, unë të dua, t'estimo, mwen renmen ou, jeg elsker dig, milujem ťa... Sacou? Além de todo o sempre.
Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu”. (Tati Bernardi)