quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desordem

Já notaram que eu só me inspiro quando fico sozinha em casa? Meus primos chegaram segunda-feira, desde então tudo está uma bagunça. Sorte que ontem eles foram para casa de meu avô e tudo voltou ao normal. Detesto qualquer tipo de desordem quando não sou eu a culpada. Penso seriamente que me daria melhor se morasse sozinha. Mas então certamente entraria em depressão. Faz tempo que não apareço por aqui. Ultimamente estou naquela de: viver a vida e não escrever nada. Só que me sinto vazia quando deixo de escrever. No momento são 13:25 da tarde de quarta-feira, 22 de Dezembro de 2010. O ano está quase acabando, ufa. Eu estava certa quando disse que este ano tudo se encaixaria, tudo iria para o seu devido lugar. Durante o ano, muitos problemas apareceram; é difícil ser traída, pelos amigos e até mesmo por um quase namorado; e continuar fingindo que está tudo bem, porque, vamos ser sinceros, qualquer um que já passou por uma situação parecida sabe que não está. Uma coisa em mim que talvez possa ser considerada uma qualidade num momento como esse: me recomponho fácil, ou pelo menos engano bem. A bateria do notebook está quase acabando e eu preciso carregá-la, estou com sede mas com preguiça demais de me levantar e ir buscar água na geladeira. Quando olho pela janela, percebo que as nuvens escondem o sol. Quando desvio o olhar para a tela e olho novamente para fora, percebo que parte da claridade se esconde junto. No entanto, as nuvens não conseguem cobrir totalmente a intensidade dela. O vento está forte o bastante para que se faça perceber. E eu estou triste, cansada, com uma sensação esquisita, que só se define com um: sei la. É, sei la. Estou confusa. Triste e ao mesmo tempo feliz. (...) Acabo de ler o nome do blogger que se encontra a cima desta caixa de texto, e pergunto a mim mesma: hey Amanda, o que no momento está fazendo o seu sol brilhar todos os dias? Bem, quando eu conseguir descobrir estarei melhor, suponho. Zeca Baleiro sempre consegue me fazer ficar com o sentimento de nostalgia quando escuto Proibida para Mim; e ela sempre toca em momentos indesejáveis, como este. (...) Não tenho muito o que dizer, escrevi escrevi e no entanto, não disse realmente nada. Por que é tão difícil quando o assunto é amor? É, eu sei. Ultimamente só ando escrevendo sobre isso. Mas, dizem que temos que escrever sobre o que conhecemos. E bem, eu estou tentando.
Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu”. (Tati Bernardi)